EXPOSIÇÃO
Performance , 50' | Instalação: gesso, gaze, pigmento, agua, manga plástica, tijolo, corda, ferro, som, 2021 | Dimensões: 6x4,5x2,5mt
Uma mulher prepara-se para fazer um molde em gesso do seu corpo. Cobre-se com este material pastoso e espera. O gesso parte-se. Outros materiais envolvem o seu corpo, limitam e transformam-na, criando seres grotescos em constante mutação. Miragens de algo que foi esquecido ou simplesmente escondido. Figuras que habitam esta mulher. Figura, a partir do tema latim Fingere: molde, modelo.
A performer age debaixo duma estrutura com três pernas. Um abrigo precário, um espaço de intimidade partilhado com os espetadores. A utilização do próprio corpo como matéria prima para a construção de esculturas efémeras é o combustível para investigar o conflito entre o eu público e privado da mulher na sociedade ocidental contemporânea.
Quando o corpo sai, fica o eco da viagem, no espaço, nos materiais, no som.
Práticas de mediação e participação da comunidade:
Durante o processo, partilhámos a nossa investigação num workshop aberto à comunidade. O trabalho desenvolvido serviu de inspiração para a construção da banda sonora do espectáculo. Em certos locais de apresentação, se houver este interesse, a directora artística trabalha e integra no espetaculo um coro feminino local.
Direção artística/performer: Costanza Givone
Assistência dramatúrgica: João Vladimiro
Assistência movimento: Susana Gaspar
Composição musical: Ece Canli
Desenho de som e composição ao vivo: Rafael Maia
Objetos e cenário: Sandra Neves
Desenho de luz: Mariana Figueiroa
Vídeo e design: João Vladimiro
Produção: Fogo Lento - Associação Cultural
Co-produção: Teatro Municipal do Porto e Companhia Instável
Apoios: República Portuguesa - Cultural/DGArtes, Fundação Calouste Gulbenkian Residências Artísticas de co-produção: CAMPO; CRL-Central Elétrica; Espaço do Tempo; Materiais Diversos