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ESPIRITO DO LUGAR 1.0;2.0;3.0;4.0;5.0 E DERIVAS

6 performances , 12’

“Sair da cidade mais praticada e conhecida de todos para ver o que está ao redor desse muros, visíveis ou invisíveis”. O repto está lançado: caminhar à descoberta de uma outra cidade.
Espaços desconhecidos, deslocados, privados, escondidos, descaracterizados, o passeio procura sempre o caminho alternativo, o outro espaço.
“A vida como totalidade está recolhida em espaços e lugares que só nos são acessíveis experimentando-os, vivendo-os”.
Em cada espaço, valorizamos a sua dimensão existencial. A mistura de discursos, memórias, sensações, vivências. A multiplicidade de camadas, a pluralidade de durações.
Andamos entre o aqui e agora e a história e memória do território. Entre o quotidiano sem nome e as figuras que perduram para além do tempo. Buscamos todas as pistas que apontam para os modos mais qualitativos e subjectivos de questionar a cidade.

 

Praticas de mediação e participação da comunidade:

Durante 6 anos foi convidada a criar micro-performances site specific em bairros da cidade do Porto e em Coimbra, cada perfomance resultou do encontro com a comunidade local e a vivencia do espaço. 

No "bairro da lomba", escolhemos o antigo tanque público como espaço de ensaio, criação e apresentação. Os ensaios diários despertaram o interesse da comunidade local, que lentamente se aproximou de nós. Esta presença diária num local central do bairro gera naturalmente encontros e conversas, a partir das quais criámos o texto do espectáculo. O tempo e a perseverança tornam-nos "estrangeiros domésticos", uma presença divertida, fazemos amigos e, no final, duas raparigas participam na actuação final com uma dança criada por elas. No ano seguinte, foi a vez do "bairro da Foz" no Porto, o meu lugar era um parque de estacionamento. O projecto deveria integrar um grupo de pessoas idosas de um lar, mas tive de abandonar a ideia devido a dificuldades logísticas. O encontro com um casal que vivia numa roulotte neste parque de estacionamento tornou-se fundmental para a criação que desenvolveu-se a partir da historia deles.

Esta forma orgânica de contacto com as pessoas, tem sido o principal motor de criação destas performances.

 

 

 

Direcção artística André Braga e Cláudia Figueiredo, 

Co-criação e interpretaçãoCostanza Givone, Daniela Cruz, Gil Mac e Cláudio Vidal, Gonçalo Mota (vídeo), Margarida Gonçalves, Paulo Mota e Ricardo Machado, 

Apoio à realização plástica Nuno Brandão, 

Apoio ao vídeo Vitor Costa, 

Light João Abreu, 

Produção Ana Carvalhosa (direcção) e Cláudia Santos

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